segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Olimpíadas

Estamos vivendo mais um momento histórico do esporte. Na capital inglesa milhares de atletas prontos para dar o seu melhor e buscar um lugar no olimpo dos eternos campeões. Nem todo mundo consegue. Nem todo mundo está preparado para vencer, ou melhor, preparado para carregar o peso de uma medalha.
Muitos treinaram durante quatro anos, se viram envelhecer, perder festas, perder finais de semana, férias (?), feriados na praia... mas nunca reclamaram. Nunca deixaram de focar na sua missão individual de ir até o fim. De subir ao pódio representando um lugar dos três melhores de uma geração.
Representar seu país e saber que toda uma nação está contigo, seja num saque, em um arremesso, uma cesta ou ali, dando pulos e fazendo acrobacias. Saber que muitas crianças hoje te olham e querem ser exatamente como tu és, deve ser engrandecedor.
Mas para mim, engrandecedor é o sentimento do vencedor que não teve aplauso antes da hora. De quem treina sabendo que a maioria dos telespectadores do seu país nem sabe da sua existência. Para mim a glória verdadeira se esconde no suor destes campeões silenciosos que entram em campo para nos fazer chorar. Para nos fazer perceber o quanto somos influenciados pela propaganda...
Eu me enganei. E quando falo isso, não digo que torci menos, ou que aclamei o insucesso.
Mas sim, de fato me enganei com expectativas demais em alguns de nossos atletas. Quem não tinha como certo o ouro para Diego? Ou Fabiana? Quem não dava como certa a vitória do Cielo?
Alguém aqui sabia que um menino, de estatura de criança iria arrebatar nossos corações em uma modalidade quase esquecida por nós?
Arthur Zanetti é o meu exemplo maior de campeão. Um cara totalmente brasileiro. Que treina sem maiores pretensões, mas por puro amor ao esporte que pratica. Que no alto dos seus 1,56 m nos mostrou sua grande genialidade e nos emocionou. Ele não teve torcida organizada. Por acaso, entre uma trocada de canal se viu que um brasileiro iria competir, e, que surpresa!

Para este cara, meu aplauso! Ovaciono este pequeno com toda minha admiração... Parabéns ao campeão olímpico mais improvável e que mais me fez perceber o verdadeiro significado de que o importante é competir. Se a vitória vier será legítima. E não é que veio?

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